Boa Vida
Uma Reflexão sobre a Realidade
O mundo de hoje encontra‐se em grande desequilíbrio – nossa vida e estrutura social encontram-se ameaçadas em todas as áreas e de diversas formas: desde questões climáticas, passando por tragédias sociais até crises econômicas e governamentais.
Como chegamos a este estado de coisas ?
Bom, esta é uma pergunta que exige um longo, profundo e multidiscipljnar olhar. Diria mesmo que precisamos de uma abordagem transdisciplinar: um olhar que não apenas reúna diversas especialidades, mas que as una e transcenda, trazendo novas formas de pensar, de agir e de ver o mundo.
Ver o mundo…
Nossa forma de pensar a realidade é algo com a qual em raros momentos nos importamos, mas numa análise mais cuidadosa, se mostra como a fonte de diversas "confusões" em nossas vidas e em nossa sociedade.
O que é a Realidade ? Um pensamento crescente de que aquilo que acreditamos se torna real está se difundindo pela sociedade, há já algum tempo. Mas como saber no que acreditamos ? Infelizmente, as coisas não são tão simples como gostariam os produtores do filme “O Segredo”. Reconhecer nossas crenças é um trabalho árduo, que dura, em geral, toda uma vida – é uma jornada. E nesta jornada, cada passo é dado com cuidado, e/mas principalmente com a consciência de que muitas vezes nos enroscamos, e para continuarmos a andar, precisamos abrir mão de velhos hábitos, velhas formas de pensar e de olhar para o mundo.
A Realidade é uma percepção.
Quando falamos de Realidade temos que dar uma olhada não só naquilo em que acreditamos, mas também naquilo que nossa cultutra nos diz sobre esta Realidade. E uma boa fonte para isso, é buscar na literatura e no meio científico. Fazendo isso, descobrimos que também a Ciência evolui como nós: sempre acreditando que existe algo mais para ser apreendido, compreendido, verificado. A boa Ciência sempre está consciente de que suas teorias são visões que explicam parte da realidade, e não a Realidade como um todo; e que toda teoria só é válida até o momento em que algo fugir a sua predição ‐ a partir daí, é necessário que se desenvolva outra teoria, que inclua e explique o fenômeno observado.
Existem hoje fortes evidências de que uma nova teoria para abordar a Realidade se faz necessária e está surgindo, pois existe toda uma classe de eventos que nossos modelos científicos atuais não explicam. Ai encontramos os diversos casos como: telepatia, clarividência, clariaudiência, consciência extra‐corpórea, experiência de quasemorte, curas espontâneas, experiências místicas, os gênios, etc…
São inúmeros os casos contundentes que ficam sem a devida explicação. (Ver Kelly et al, na lista de livros do blog)
“Olhe ao seu redor por um instante e veja, ouça, cheire e sinta onde você está. […] Sua consciência pode partilhar de tudo isto num único instante, mas você jamais conseguirá descrever tal experiência. Não são apenas as experiências místicas [que são indescritíveis]; qualquer experiência é indescritível.”
Capra, F. (1988) Sabedoria Incomum. p. 111
Também temos que citar toda a classe de eventos sócio‐culturais e ambientais pelos quais passamos atualmente e que estão gerando uma forte movimentação em todas as áreas de atividade humanas. A interferência do homem no equilíbrio do planeta já não pode mais ser negada e as consequências desta atividade podem ser sentidas por todas as classes sociais em todas as partes do mundo. Talvez, o que falte seja uma nova perspectiva, um novo olhar para as informações que já possuimos, mas que insistimos em encaixar em antigos moldes.
Vamos rever o conhecimento advindo da Física Quântica e suas implicações nas outras ciências, vamos buscar o conhecimento adquirido e desenvolvido pelos pensadores inspirados dos anos 60 e 70, que foram o berço de inúmeras teorias que hoje começam a ser postas em prática aqui e ali. Não podemos nos esquecer das fontes da Filosofia, pois sem ela ficamos à mercê de qualquer um que nos pareça culto. Informação é um valor incalculável e insubstituível. Não é à toa que governos manipulam a informação; já sabemos disto.
Precisamos nos permitir voar, mantendo os pés no chão e dar espaço a uma lógica que ainda estamos em busca. Atentos aos passos já dados, vamos explorar um novo raciocínio, que no final das contas, talvez não seja tão novo assim.
Refletir sobre a Realidade é refletir sobre nossa vida, sobre quais são nossas crenças e como elas estão conectadas com nossa cultura.
Este texto pretende inspirar uma reflexão sobre como um conhecimento médio das evoluções científicas, junto com uma razoável análise filosófica das suas implicações, torna acessível ao público leigo uma boa base de informações para mudar conceitos, idéias e formas de agir que são destrutivos tanto no âmbito pessoal como no âmbito social.
Aquilo que acreditamos se torna real.
Este é um conceito muito citado, mas em geral não é levado muito à sério, sendo relegado ao que muitas vezes é pejorativamente chamado de “adeptos da auto-ajuda". Apesar de ser verdade que muita coisa ruim é escrita nesta categoria, acredito que a maior parte da rejeição a este pensamento se dê por falta de um conhecimento mais profundo sobre as novas teorias formuladas por diversos pensadores e cientistas proeminentes desde a década de 70, baseados nas descobertas provenientes da Física feitas no início do século passado, e que abalaram os alicerces do mundo científico, pois pediram uma mudança na forma como vemos a Realidade.
Parece que até hoje estas informações não foram bem transmitidas ao público em geral, gerando um número enorme de especulações sem o devido embasamento. Apesar de hoje encontrarmos vários grupos de estudiosos e diversas pessoas engajadas num movimento de transformação cultural, ainda sofremos as consequências de uma maioria de pessoas que pensam e veêm o mundo baseados em conceitos ultrapassados.
A revisão de valores socio‐culturais e concepções de mundo é de crucial importância para uma melhora na qualidade de vida de todo o planeta. É preciso trazer para o nosso cotidiano uma prática de questionamento que nos mantenha atentos às forças internas que nos movem e que regem nossas escolhas. É necessário transformar a consciência do que nos é importante na vida em um pensamento que permeie todas as nossas atitudes. É claro que esta forma de ver e viver no mundo passa por uma jornada intelectual e espiritual, que para muitos pode parecer exagerada, mas acredito que existam inúmeras formas de tornar isso uma agradável experiência para todos que se dispuserem a tentar. A premissa básica é rever nossos conceitos sem julgá‐los em certo ou errado, bom ou mau – simplesmente, tomar consciência de nossas crenças e ver o quanto elas nos são úteis. Se elas trazem alegria e bem‐estar, tudo certo; se trazem desconforto e desarmonia, vamos buscar uma nova crença que traga esta harmonia e bem‐estar de volta.
Isto pode soar muito esotérico para alguns, mas na verdade é um exercício mental bastante instigante e tudo o que é preciso é um espírito inquisidor. É claro que esta auto‐consciência passa por todos os aspectos do ser humano – sua vida social e intelectual, suas atividades físicas e espirituais – mas não queremos aqui dar preferência a um deles, pois isto seria mais uma vez eleger um dos aspectos humanos como o único que importa, e aí cairíamos no mesmo erro de antes. Pois o que temos hoje é um desequilíbrio destes aspectos humanos, onde a Razão foi eleita a senhora absoluta e toda a subjetividade, que dá riqueza as experiências humanas, foi negada e excluída dos processos de desenvolvimento tecnológico e social da humanidade, transformando os seres humanos em objetos manipuláveis.
A idéia de integração é o objetivo final, sabendo‐se desde já que uma alternância dinâmica entre os aspectos humanos é vista como indício de saúde, pois tudo o que é rígido um dia se parte, como o crença ferrenha de que somos máquinas dotadas de partes que funcionam isoladamente. Este movimento dinâmico entre os aspectos humanos é o que possibilita uma evolução sadia e é a base da própria característica social da humanidade: por termos habilidades particulares, cada indivíduo se torna importante para o todo, havendo espaço para cada um expressar o que tem de melhor.
Uma sociedade que fomente o melhor em cada um, que dê espaço para a revisão de valores e apóie as crises necessárias a todo crescimento – esta é a utopia em questão. Mas como cantou John Lennon, acredito que outros já partilharam deste sonho.
You may say I’m a dreamer
But I’m not the only one.
I hope some day you’ll join us
And the world will be as One.
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